domingo, janeiro 15, 2006

Mc Ganzias

Era uma quente tarde de verao. O sol espreitava por entre as folhas das arvores que deixavam passar alguns raios. O som calmo da agua que corria pelo pequeno ribeiro que zigue zagueava por entre as rochas era a unica melodia que preenchia aquela quente tarde.
- Anda cà mula-. Disse McGanzias. - Nao me fujas da "vison". Tinha sido uma cabra que se tinha desviado do rebanho. Sid McGanzias de seu nome era um jovem pastor que tinha um rebanho de cabras que faziam "Muuuu" e nao "Mèèèèèè" mas o jovem pastor nao se ralava muito com aquela anormalidade desde que elas continuassem a por ovos, por ele tudo bem. Estava quase a chegr a hora de regressar a casa e McGanzias ja sonhava com uma boa malga de caldo de repolho que sua madrasta tao bem sabia fazer. No entanto nao era realmente essa perspectiva que o fazia ficar assim tao ansioso pela sua chegada a casa.
- Barrote- chamou ele. Barrote era o seu fiel amigo que o acompanhava sempre para todo o lado. Era um cao pastor bastante felpudo, cego de um olho e semi-coxo de uma orelha e mau como as cobras. Puseram-se a caminho que ainda era longo. A aldeia de Mesquiche ficava entravada no meio da serrania agreste mas com paisagens deslumbrantes tendo o seu ponto mais alto e interessante o Pico Cannabis. A sensivelmente a meio do caminho ouvem um estranho ruido vindo de tras de uma moita.-Alto e para "a cabra". Parou tudo e nisto so se ouvia o barulho que os intrigava. Mc Ganzias foi investigar logo seguido do Barrote. Fosse o que fosse parecia que nao tinham dado por ela que alguem andava por ali. O pastor espreita muito cuidadosamente para ver o que era.
-Ah fodilhoes do caralho- exclamou ele. Era um casal de esquilos que faziam amor à força toda.
Escusado serà dizer que McGanzias estragou o tacho ao pobre esquilo que muito fodido com a interrupçao lhe cravou os dentes nos colhoes fazendo McGanzias se arrepender profundamente de ter interrompido tal foda.- Foda-se pà !! Isto ta a doer de "colhao" Se calhar fiz uma rotura de ligamentos "colhonàrios". Foda-se. Entretanto e como nao havia pouco ou nada a fazer McGanzias retomou o caminho de casa. Ele, Barrote e as cabras. Muito embora ele fosse a mancar um pouco de um braço fruto da cravadela do cabrao do esquilo.
- Gervasia cheguei. Gritou McGanzias. Jà à varios quilometros que ele vinha cheirando o aroma do repolho que lhe ia abrindo o apetite para uma bela refeiçao depois de mais um dia de pastoreio. Guardou o rebanho no curral e foi lavar o focinho; tomar banho nao era muito o seu estilo. Sentou-se à mesa e encheu a malga que mais parecia uma pia de vinho tinto retinto martelado e mandou-a abaixo so com um gole. Valente!! Segue-se o caldinho ainda a escaldar e com um intenso cheiro a toucinho seboso e peludo servido pela Gervasia. D. Gervasia do alto dos seus 1.51 de altura e dos seus 90 quilos tinha casado com o pai do McGanzias, McEnrola depois de ter enviuvado do seu falecido McBeiços. Era uma mulher de espirito forte aliado ao cabedal que possuia e com farta bigodeira na benta que possuia uma mao para a cozinha e para a lida da casa como quem racha cavacos. Deglutida a refeiçao chega-se a hora de McGanzias ir atè ao tasco. Como em qualquer aldeia. O unico tasco que havia em Mesquiche era o tasco do Sid Sabujo que em tempos foi marujo (nadador-salvador) no rio das Taipas mas que depois da invasao dos crocodilos teve de procurar outro meio de subsistencia. Por tal abriu um tasco em Mesquiche. - Um quarto de aguas com bagaço, se faz favor.- pediu McGanzias. Esta era a sua bebida preferida no Verao depois de encher o bandulho com o caldo. Depois de ter emborcado 9, McGanzias tava "normal". Nisto chega a malta. Os amigos dele, os membros do gang; H de Gusto, Cu da Burra, Binhon Z e Trinxudo.
-Aton pà ! Tà tudo ? Perguntou H de Gusto. -Tà tudo-. Respondeu McGanzias... to be continued..